quinta-feira, 11 de junho de 2009

TRABALHO DE INCLUSÃO

INTRODUÇÃO

Nesta pesquisa enfoca-se a inclusão de crianças portadoras de necessidades especiais, que ainda é um assunto bastante discutido pelos educadores. Sabemos que a inclusão destas crianças na sociedade, é de difícil acesso, por termos preconceito em relação aos portadores de necessidades especial.
A sociedade que nos encontramos ainda não esta preparada para receber este público, para que a mesma consiga interagir com mais facilidade deveria-se oferecer propostas inclusiva através da escola, dos meios de informação e do cotidiano que fazemos parte.
Percebe-se que ainda existe um certo receio da sociedade, se analisarmos de modo geral, no mundo existem diversas culturas, onde por exemplo as pessoas integrantes destas culturas falam diferentes línguas e nem por isso ficaram excluídas do mundo e privadas de se comunicarem e aprenderem a linguagem de outra cultura.
Nos como futuras educadoras e pedagogas percebemos que este assunto é de extrema importância para a nossa vida profissional, e se temos a intencionalidade de sermos educadoras competentes e qualificadas devemos estar sempre nos aprofundando na área da educação.
Nessa nossa caminhada procuramos aprofundar nossos conhecimentos sobre a inclusão que esta sendo bastante debatida em nossas aulas com a professora Rosa, através das observações que realizamos nas escolas regulares de ensino particular, procuramos analisar as propostas inclusivas.

JUSTIFICATIVA

A importância de discutir este tema se justifica pelo fato de que, para os portadores de necessidades, ainda hoje a inclusão não é uma realidade em todas as escolas, sejam elas públicas ou privadas. Este trabalho tem como metodologia observar e pesquisar a inclusão nas escolas privadas regulares.
Observando nas escolas percebemos que a inclusão é bem recente na sociedade. E, se no mundo, a inclusão é recente, no Brasil ela é mais ainda. O que fez com que esta inclusão demorasse tanto tempo para ocorrer, foi o preconceito. Entretanto, o preconceito para com os deficientes não surgiu em nossa sociedade, ele é tão antigo como a própria existência humana. Existem registros históricos que revelam como os deficientes eram tratados, alguns exemplos parecem ser até mesmo inacreditáveis.
Ao mencionarmos sobre a “deficiência”, impomos a estas pessoas que elas sempre precisarão de nós e que sozinhas não levarão uma vida “normal” e tranqüila, como qualquer outra pessoa. Isso muitas vezes não é verdade, pois com um pouco de incentivo e persistência, elas conseguem enfrentar os obstáculos e dificuldades muito bem sem ajuda de ninguém, tornando-se assim mais independentes e autônomas em suas ações e decisões sociais.
Escola não é lugar de sofrimento e humilhação. Por isso, os professores e funcionários precisam adotar posturas conscientes e coerentes com seu papel de formadores. Quem pode dizer onde terminam as possibilidades de aprendizado de quem tem deficiência? Só com as portas da escola abertas é que poderemos saber.
Por isso ela é tão importante!


REFERENCIAL TEÓRICO

O tema INCLUSÃO tem sido amplamente debatido nos últimos anos. Muitos, no entanto, não tem a clareza do que realmente significa este processo. Conseqüência de um novo momento histórico, que se iniciou com a redemocratização da Educação, a nova LDB e a Declaração de Salamanca (GÓES e LAPLANE, 2004), Inclusão Escolar compreende a iniciativa da sociedade organizada para incluir nas escolas “normais”, ou melhor, comuns, alunos com necessidades educacionais especiais. Esta iniciativa popular originou-se nas experiências de integração promovidas em instituições específicas que, ao promoverem a convivência de alunos comuns com os que possuíam algum tipo de necessidade.
Basicamente as propostas de educação inclusiva visão em um currículo com base comum para todos, mas que esteja aberta a flexibilidade.
O currículo deve levar em consideração a comunidade que está inserida o seu publico alvo e este deve ser construído em conjunto com o mesmo levando em conta as diversidades existentes.
Dentro do currículo de uma proposta inclusiva se ressalta muito a questão da pedagogia diferenciada que acredita que cada criança é capaz de aprender, mas do seu jeito, pois todos aprendem, mas de maneiras diferenciadas.
O educador que traz esta prática diferenciada para o contexto do seu aluno deve estar sempre estudando qualificando-se e pesquisando para melhor mediação.
Pois segundo Reuven Feuertei o ato da mediação é fundamental para a aprendizagem.
Por tanto o professor mediador faz atravez da sua prática, a construção de conflitos, por meio do questionamento, do diálogo e de atividades desafiadoras que estimulam suas observações para que assim haja um desenvolvimento na capacidade de aprendizagem.
Contudo a sociedade e as escolas especificamente estão sendo preparadas para este processo. O caminho ainda escolhido pela família é a separação, a união dos “iguais” em instituições “especializadas”, pelo medo da distinção e discriminação, sabemos que para o poder privado o custo para que os portadores com necessidades passassem a conviver em escolas comuns, seria a adequação da escola e de seus profissionais.
Analisando-o trabalhos na área, percebe-se que o foco é, na maioria das vezes, inclusão, a importância dela e suas implicações sociais. Mas os estudos focados no processo de aprendizagem são recentes. É preciso buscar compreender como estes alunos aprendem e dar
6a eles as possibilidades corretas e concretas.
Dentro da Teoria de Vygotsky, é fundamental ressaltar a interação social. Para ele, a criança se desenvolve em contato com o meio social, ou seja, a família, a escola e a sociedade em geral. A escola precisa, de acordo com ele, utilizar o conhecimento prévio das crianças como ponto de partida para a introdução de novos conhecimentos, para que suas vivências sejam significativas e aplicadas de volta no meio social.
Já na teoria de Piaget enfatiza-se bastante a questão do jogo dentro do processo de aprendizagem das crianças, por ser de extrema importância no desenvolvimento dos educando, na construção de regras, de limites e da simbologia, pois através do jogo pode-se trabalhar diversas áreas como cognitivo, afetivo, lógico-matemático entre outros.
Pelo tema inclusão ser um assunto muito recente não se sabe muito ainda a respeito de como fazer o processo de aprendizagem.
Buscamos aprofundar nossos conhecimentos sobre o processo de aprendizagem das crianças portadoras de necessidades, decidimos focarmos mais a respeito do transtorno de déficit e atenção.
Muitos são os questionamentos feitos pelos educadores sobre o que realmente identifica esse transtorno, e como ele se manifesta; durante nossa pesquisa encontramos alguns livros que nos passam a idéia que este transtorno é apenas uma desatenção ou impulsionalidade da criança.

Dentro da área da educação tivemos grandes avanços em relação a inclusão de portadores de necessidades, pois sabemos que antigamente com a elaboração da lei de Salamanca houve uma abertura dentro da sociedade e da educação de crianças com necessidades. Só que a educação oferecida não foi muito positiva para o desenvolvimento dos educandos. Isso começou a procurar os profissionais da área que fez com que os mesmo mudassem sua concepção junto com algum algumas propostas curriculares oferecidas pelas instituições.

DESENVOLVIMENTO

Carol
Na observação que fiz na escola Castro Alves no município de Alvorada; observei uma realidade muito difícil em ralação ao ambiente onde se encontra.
Fiz está observação no 2 ano ; onde havia uma menina portadora de deficiência auditiva chamada Gabriela,ela não era totalmente surda, pois ouvia com a ajuda de um aparelho que lhe foi doado.

Quando cheguei à escola fui muito bem recebida pela diretora, esta depois de me receber muito amavelmente me encaminhou para a sala onde estava Gabriela, segunda a diretora ela já estava na escola a 3 anos .
Notei que a turma acolhe bem dentro da sala de aula. No dia que fui a escola; os alunos estavam fazendo uma atividade separados por grupos; e o grupo que Gabriela fazia parte interagia normalmente com ela; auxiliavam-na e a ajudavam-na.
Presenciei o recreio deles também, pois a aula, de educação física seria logo depois do recreio, notei que durante o recreio a menina sofria alguns tipos de preconceito por parte dos outros alunos.
Já durante a aula de educação física a professora procurava deixa - lá sempre perto para que assim ela consiga escutar.
Gabriela interagiu e participou normalmente com os colegas; algumas vezes a professora tinha que repetir os comandos para ela, mas tirando isso se percebe que ela esta bem adaptada ao grupo; e que a educadora é bem atenciosa e preocupada em relação a ela.

Josiane

Na escola Vinicius de Moraes no bairro Restinga foi recebida muito bem por todos principalmente pela professora e pela auxiliar que foram bem atenciosas comigo.
Na minha observação percebi que a professora Vera e a auxiliar Aline tende do todas as maneiras incluírem Andrelize nas atividades não excluem ela de nenhuma delas.
Alguns colegas são pacientes e tentam interagir com ela em todos os ambientes escolares, mas infelizmente a própria Andrelize se afasta e exclue-se dos demais colegas. Ela nunca quer participar das atividades e não se concentra, sempre que tem a oportunidade foge da sala para ficar passeando nos corredores.
As educadoras devem estar sempre a auxiliando, pois ela se distrae com facilidade, quando vai ao banheiro sozinha acaba por brincar na torneira e com o papel higiênico, já na hora do almoço se não ajudada acaba por derribar a comida.
As colegas tentam interagir para brincar e conversar, mas se isola dos colegas, e muitas vezes agridem-os.
Nas aulas de educação física são poucas as atividades que ela executa, a professora que executa essas atividades com ela é a mesma da sala de aula, não há um educador especializado e nem uma acessória de uma auxiliar.
Quando realiza algumas atividades ela permanece por pouco tempo, pois em seguida se despeça do que lhe foi solicitado.
Mas é muito satisfatória a forma que a escola os professores, aluno e funcionários a recebem, pois eles demonstram muita dedicação, paciência, carinho e não há diferenciam pela sua síndrome, mas tem uma atenção redobrada com ela.

Rochelle
Minha observação foi na escola Marista Assunção no bairro Glória na quarta-série com a professora: Solange. O aluno observado se chama Matheus ele é cadeirante.
No dia da observação os alunos estavam sentados separadamente para uma avaliação, até me chamou muito atenção que o Matheus não estava sozinho apenas ele sentava com uma colega e a professora ao lado.
A professora explicava para ele a questão como ele deveria realizar os cálculos era de matemática ele utilizava seus dedos e os da professora, assim que ele respondia ela dava uma volta na sala para esclarecer as dúvidas dos outros e deixava o Matheus revisando a questão que ele fez e como ele realizou. Logo em seguida teve o recreio o Matheus saiu sozinho da sala e foi para o elevador que foi colocado para ele e mais um aluno na escola que utiliza cadeira de rodas, chegando lá embaixo tem as monitoras que auxiliam eles para comprar lanche e se alimentar.
Já na hora da fila para voltar às monitoras colocam eles dentro da sala de aula e as crianças ajudam ele a se organizar.
A turma é super atenciosa com ele se ele precisa de algo eles auxiliam a professora foca muito o conteúdo as atividades e a escrita no quadro para ele.
Ele tem poucas dificuldades motoras não que prejudique muito ele, mas se percebe, a avaliação da turma toda ela e processual tudo que é feito em aula é avaliado
o que importa para ela é o aprendizado e a realização.
No final de qualquer atividade a sala possui uma caixa de tarefas extras, quem termina pode ir ao fundo da sala inclusive o Matheus e pegar para realizar no caderno até que todos terminem. A escola não oferece estrutura para a professora com formação auxilio a professora que procura por conta como ensinar e trabalhar com ele.
No ultimo período de aula era quadra educação física. Quando o professor foi pegar a turma me chamou muita atenção que o Matheus não foi ficou em aula, perguntei pra professora o porquê não foi ela respondeu que ele não gosta de fazer exercícios físicos não tem vontade então ele não vai fica dentro da sala com algum jogo, lendo um livro até que o restante da turma voltar.
A escola se adaptou com elevador, banheiro, rampas e monitoras no pátio para eles. N a sala de aula não tem professora auxiliar apenas o Matheus a professora que tem que conseguir trabalhar com todos incluindo o Matheus sozinho. A escola foi muito legal me aceitando para observação deixando as portas abertas e me tratando como uma professora deles, me mostraram toda a escola antes de eu entrar me falaram das 2 crianças que havia com necessidades me explicaram um pouquinho de cada e já sai de lá com um bom aprendizado . A escola é um local em que é necessário combater o preconceito. Alguns pais acham que a escola regular anda para trás porque o ensino piora com a presença de alunos com necessidades especiais.
Como vivemos num mundo em que todos querem competir para ter sucesso, talvez andar para trás no sentido de diminuir um pouco esse compasso frenético, seja positivo. Quando bate o sinal na hora do recreio, todos correm alucinados. Mas sempre tem os colegas que lembram do Matheus que esperam ele passar para depois eles sair, não atropelam tudo e todos pela frente.
A inclusão ensina a tolerância para todos os que estão diariamente na escola. A chegada das crianças com deficiências está provocando uma grande reflexão.
Sendo que o processo da inclusão escolar é uma revolução silenciosa. Para que ela aconteça, no entanto, toda a equipe deve pensar em conjunto. A idéia precisa estar incluída na proposta pedagógica e levar todos a conhecer melhor o assunto. Quando não há informação, se torna angustiante para o professor receber esse aluno e lidar com ele.
O trabalho em equipe leva a todos os educadores funcionários a desempenhar de maneira mais eficiente seu papel nessa área.

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