quinta-feira, 11 de junho de 2009

COMO É TRABALHADO A HIPERATIVIDADE NAS ESCOLAS

Durante muitos anos, o diagnóstico de tdah era feito apenas por médicos, neurologistas ou psiquiatras. No percurso de busca de ajuda, os pais chegavam primeiramente nos médicos. A hiperatividade, por muito tempo, foi tratada, apenas do ponto de vista físico e no âmbito médico, a intervenção era apenas medicamentosa.
Sabemos que o tdah esbarra em várias interfaces da ciência médica, psicológica, fonoaudiológica, psicopedagógica, pedagógica e social, portanto, há atualmente, um reconhecimento das conseqüências emocionais, escolares e sociais que o tdah provoca. E, muitos encaminhamentos têm sido feitos ao psicólogo, psicopedagogo, ou ainda, para o fonoaudiólogo, antes de chegarem ao médico.
Outro cuidado a ser tomado pelo profissional, o profissional é reconhecer outros problemas que podem ocorrer com o tdah e que não fazem parte do tdah. Por ex. podem ocorrer sintomas de ansiedade, depressão, dificuldades de aprendizagem + tdah, e também deve reconhecer o tipo de tdah, que pode ser do tipo: Predominantemente Hiperativo-Impulsivo, Predominantemente Desatento, Combinado, Não-Especificado. Além do diagnóstico diferencial, fazer o reconhecimento do tipo de tdah se torna fundamental já que o profissional poderá conduzir o caso, propondo estratégias e trabalhando de acordo com as necessidades da criança/adolescente, sejam estas, escolares, emocionais e/ou sociais e também fazer os encaminhamentos necessários.
Como orientar um professor a reconhecer uma criança ou adolescente com transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade. Um dos pontos mais marcantes que a criança com tdah apresenta em sala de aula é a falha no funcionamento produtivo das tarefas, ou seja, a criança quase nunca consegue terminar as tarefas escritas e isso não tem nada a ver com a inteligência da criança. O comentário mais freqüente dos professores é de que percebem que a criança é esperta e inteligente, mas ela não consegue render de acordo com a sua real capacidade.
Apresentando uma discrepância entre o seu potencial intelectual e a sua realização acadêmica. A impressão que a professora também tem é de que a criança vive no mundo da lua, ou ainda, que não tem motivação para nada. Outras crianças com tdah, mostram-se impacientes, não podem ficar paradas e sentadas por muito tempo, os professores relatam que muitas vezes, perguntam se tem prego naquela cadeira, ou se a criança tem o bicho carpinteiro pelo corpo.
Há crianças que falam muito, não conseguem ter autocontrole, podem ser líderes, ou ainda, rejeitadas pelo grupo, em função de sua alta atividade e atuação. A criança com tdah, costuma não reagir às intervenções normais dos professores, ou seja, o que funciona para uma criança sem tdah, não funciona para a criança com tdah, esta exige sempre uma adaptação do professor em seu método e estilo de ensinar.
O tdah pode variar bastante na manifestação dos sintomas e também na sua intensidade. É importante saber que nem todos os sintomas comportamentais do TDAH se manifestam da mesma maneira em todas as crianças.

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